Mariana quase vendeu sua empresa – Até entender seus números
- marcelarbonin
- 27 de mar.
- 2 min de leitura
Mariana chegou até mim em um momento de grande frustração. Ela havia construído sua empresa com muito esforço, mas, apesar de ver um volume considerável de vendas, não enxergava o lucro. Seu desejo era vender a empresa, pois acreditava que o negócio não estava funcionando como deveria.
Ao analisarmos suas finanças, logo percebi um padrão preocupante: Mariana constantemente injetava dinheiro na empresa para cobrir despesas e retirava qualquer sobra, mantendo o fluxo de caixa sempre próximo do zero. A falta de um planejamento estruturado dificultava a compreensão real da lucratividade do negócio.

O primeiro passo foi organizar a Demonstração de Resultado do Exercício (DRE). Separando custos diretos da produção, despesas administrativas e investimentos, conseguimos ter uma visão clara da situação financeira. Foi então que identifiquei um ponto fundamental: a empresa tinha uma boa margem de contribuição. O problema estava no aumento das despesas fixas e na falta de um controle adequado entre pessoa física e jurídica.
Outro fator crítico era o pró-labore. Mariana retirava valores da empresa sem um planejamento, o que dificultava a percepção do seu próprio rendimento. Além disso, suas dívidas pessoais faziam com que o dinheiro entrasse e saísse de maneira desordenada.
Com essas informações em mãos, definimos um plano estratégico. Em vez de vender a empresa, Mariana decidiu investir no setor comercial para impulsionar as vendas. Com a boa margem de contribuição, os resultados vieram rapidamente: mais clientes, mais faturamento e, consequentemente, mais lucro.
Além disso, estruturamos um fluxo de caixa saudável e definimos um pró-labore fixo para Mariana. Assim, ela passou a ter previsibilidade financeira, conseguindo quitar suas dívidas pessoais sem comprometer o caixa da empresa.
Poucos meses depois, Mariana enxergava sua empresa de outra forma. O que antes parecia um negócio sem viabilidade financeira, agora era uma empresa lucrativa e bem gerida. O desejo de vender deu lugar ao orgulho e à satisfação de ver sua empresa crescer de forma sustentável.
Esse case reforça a importância da organização financeira e da separação clara entre pessoa física e jurídica. Muitas vezes, o problema não está na falta de lucro, mas sim na forma como os números são gerenciados. Mariana aprendeu essa lição e transformou seu negócio.
E você, já analisou seus números hoje?
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